Data: 11-04-2012
Criterio: B2ab(iii,iv,v)
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Aespécie ocorre nos Estados da região Sul. Apresenta AOO de 52 km² e população severamente fragmentada. Segundo a informação disponível, a planta ébastante rara, com subpopulações compostas por poucos indivíduos. Ocorre nos Camposde Cima da Serra e nos Campos Limpos Inundáveis associados ao domíniofitogeográfico Mata Atlântica. Planta herbácea bulbosa, terrícola ou aquática, tem sofrido com a perda e degradação de seu habitat. Os Campos Alagados, vêmsendo continuamente drenados e assoreados, enfrentando incêndios durante os períodos de seca. Além disso, é utilizada como ornamental enão se encontra protegida em unidade de conservação (SNUC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Hippeastrum santacatarina (Traub) Dutilh;
Família: Amaryllidaceae
Sinônimos:
A espécie assemelha-se a H. breviflorum, porém distingue-se desta pela coloração mais escura das flores e a H. angustifolium, da qual difere pelo número de flores por escapo, que nesta última são esverdeadas e se assemelham àquelas do gênero Sprekelia (Dutilh, 2005).
A espécie tem potencial valor no mercado horticultor como planta ornamental (Dutilh, 2005). Apresenta potencial uso farmacológico, uma vez que, como muitas outras representantes da família Amaryllidaceae, possui alcaloides isolados com atividades verificadas (Giordani, 2007).
Indicada como uma planta bastante rara, com subpopulações compostas por poucos indivíduos (Biodiversitas, 2005). As espécies de Hippeastrum apresentam Tempo de Geração em seu ambiente natural entre três e quatro anos, no mínimo (Dutilh, com. pess.).
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente nos Estados da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) (Dutilh; Oliveira, 2012). De acordo com Iganci et al. (2011), a espécie representa um endemismo dos Campos de Cima da Serra da região.
Planta herbácea bulbosa, terrícola ou aquática (Dutilh; Oliveira, 2012). Ocorre em Formações Campestres (Dutilh, 2009), Campos Limpos inundáveis (Dutilh; Oliveira, 2012) e sobre os Campos de Cima da Serra (Iganci et al., 2011) associados ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Dutilh, 2009; Dutilh; Oliveira, 2012).
1.2.2 Change of management regime
Severidade
very high
Detalhes
A espécie vêm sofrendo com a perda e degradação de seu habitat. Os campos alagados onde ocorrem vêm sendo continuamente drenados, e durante os períodos de seca, enfrentam incêndios (Biodiversitas, 2005). Dutilh (com. pess.) indica ainda o assoreamento das áreas alagadas onde ocorre como uma das principais ameaças a perpetuação deste táxon na natureza.
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº6 de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, considerada "Deficiente de dados" (DD). Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Rara" (R) de acordo com os critérios de raridade adotados na avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
- DUTILH, J.H.A. Ornamental bulbous plants of Brazil. Acta Hort, v. 683, 2005.
- DUTILH, J.H.A. Amaryllidaceae IN: Plantas da Floresta Atlântica. 2009.
- DUTILH, J.H.A. ; OLIVEIRA, R.S. Amaryllidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015454>.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
- IGANCI, J.R.V. ET AL. Campos de Cima da Serra: the Brazilian Subtropical Highland Grasslands show an unexpected level of plant endemism. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 167, p. 378-393, 2011.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
- RAQUEL BRANDT GIORDANI. Estudo químico e farmacológico em Hippeastrum morelianum Lem. e Hippeastrum santacatarina (Traub.) Dutilh: duas espécies de Amaryllidaceae. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007.
- DUTILH, J.H.A. Comunicação da especialista Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, São Paulo, SP, 2012.
CNCFlora. Hippeastrum santacatarina in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hippeastrum santacatarina
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 11/04/2012 - 17:32:13